Herman José é o vencedor do Prémio Universidade de Coimbra (UC). O galardão – com o patrocínio da Fundação Santander Portugal – vai ser entregue a 1 de março, na sessão solene comemorativa do 735.º aniversário da UC.
“É com muita satisfação que anuncio que Herman José é o vencedor do Prémio Universidade de Coimbra 2025, por escolha unânime do júri desta edição. Trata-se de uma figura singular da sociedade portuguesa, que há décadas nos faz rir e pensar sobre as características e idiossincrasias do ser português. Herman marcou diversas eras douradas da televisão portuguesa. Ao longo dos seus 50 anos de carreira – que tão apropriadamente coincidem com estes 50 anos de nascimento e consolidação do Portugal democrático, pós 25 de Abril – criou e inspirou novas formas de fazer humor, abalou crenças e mentalidades e promoveu sempre a liberdade de expressão. Todos lhe devemos muitos sorrisos e gargalhadas”, afirma o Reitor da UC, Amílcar Falcão, que preside ao Júri do Prémio.
“Herman José tem uma carreira que marcou e continua a marcar Portugal e todos os portugueses, com um contributo a todos os títulos notável para a democracia e para a liberdade de expressão no nosso País, nunca cedendo ao politicamente correto. Teve e tem a capacidade de unir famílias de várias gerações à frente da televisão, conseguindo criar uma escola de novos atores e de novos guionistas. Hoje, passados 50 anos da sua carreira, continua a manter um contato direto com os mais novos, com um enorme sucesso nas redes sociais. Felicito vivamente os membros do júri que nos acompanharam na decisão unânime de lhe atribuirmos o Prémio Universidade de Coimbra”, afirma a presidente da Fundação Santander Portugal, Inês Oom de Sousa, vice-presidente do Júri do Prémio.
Sobre esta atribuição, Herman José declara:
“Receber uma distinção de uma das Universidades mais prestigiadas do mundo, é uma gigantesca honra que se agigantou quando percebi que ia integrar de um grupo de homenageados notáveis, do qual fazem parte nomes que eu tanto admiro como Francisco Pinto Balsemão, Leonor Beleza, António Guterres ou José Tolentino de Mendonça.
Não considero este um prémio comemorativo do final do meu percurso, antes um incentivo daqueles que se dão ao “maratonista” perto do quilómetro 30, para que se mantenha na “corrida” com convicção e muita energia.
Não ambiciono uma longevidade de 739 anos como é o extraordinário caso da Universidade de Coimbra, mas espero que o cortar da meta ainda venha longe.
Revejo-me na prosa de um dos seus mais ilustres formandos, o doutor Adolfo Correia da Rocha, (também conhecido como Miguel Torga): “os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.”
Instituído em 2004, o Prémio UC – “constituído por uma Medalha e um Diploma, e pela atribuição de uma Bolsa de Investigação Santander, no valor de 15.000 euros, destinados à atribuição de bolsas ou com a finalidade de desenvolver um trabalho numa área a definir com o contributo do premiado” – distingue anualmente uma personalidade de nacionalidade portuguesa “com um inequívoco e reconhecido contributo nas áreas da cultura, da economia e gestão e/ou ciência e inovação, apoiando um crescimento inclusivo e sustentável de sociedade, e, nessa medida, promotor de um valor acrescentado inegável”.
Mais informações e a lista dos vencedores das edições anteriores estão disponíveis em http://www.uc.pt/premiouc.
Veja as reportagens e fotografias da cerimónia:
Fotografias: Tiago Nunes